sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

(84) Presente difícil

Depois do último presente para a prô Bete (professora do Bruno, que fez aniversário), quando ele levou uma sacolinha com um hidratante especial pra ela, porém no tumulto da entrada, alguém acabou esbarrando nele e ele derrubou a sacolinha e nem deu falta dela...rs... ou seja, a prô ficou sem seu presentinho... hoje ela ganhou um mimo... mas...

Aproveitando uma encomenda pra entregar amanhã, resolvi fazer um cupcake pra cada professora.
Mas quase não dava tempo, tive que correr muito... rechear todos e mais os delas, cobri apenas os delas, confeitei e pronto pois eu tinha que sair de casa em 5 minutos...
Coloquei numa caixinha, com um laço cor de rosa bem feitinho.
Corri pra escola, estava no horário.

Encontrei a Aline, que justamente hoje não teve aula com a professora dela, mas com uma substituta.
Entreguei a caixinha nas mãos dela e disse, leve pra sua professora e dê um beijinho nela.
E assim ela o fez. A professora ficou feliz, deu um beijo e um abraço. E ela também ficou feliz por ter dado o presentinho.

Fomos até a sala do Bruno, lá vem ele correndo como sempre.
Me deu um beijo e eu o chamei num cantinho, dei a caixinha na mão dele, e disse:
- "Dê esse presentinho e um beijo pra prô".

E lá foi ele, correndo, estabanado e quando a prô estendeu as mão pra pegar, ele derrubou a caixinha no chão. Foi o suficiente pra cobertura virar recheio... virou uma meleca só dentro daquela pequena caixinha.

Ainda assim, a prô deu um grande abraço nele e um beijo, ela já percebeu o quanto ele é carinhoso e descuidado também... rs...


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

(83) Bruno? Presente!

Semana passada corri até a secretaria da escola para saber das datas de aniversário das professoras das crianças,  porém não deu muito certo, pois a professora da Aline fez aniversário dia 15 de janeiro e a do Bruno tinha feito um dia antes do dia em que perguntei.
Mesmo assim, achei interessante levarmos uma pequena lembrancinha pra ela. O Bruno abraçou a idéia.
Fomos a uma loja e compramos um creme hidratante para as mãos, muito cheiroso por sinal.

Hoje, era dia de levar o presentinho e ele estava bastante entusiasmado.
Até cantou parabéns pra ela no decorrer do caminho até a escola.

Chegando à porta da escola, um tumulto de crianças e mães que não sabiam onde se esconder da chuva fina porém constante.

Abriram os portões para abrigar as crianças. Eles correram pra dentro. Me deram um beijo e de longe eu ouvi a Aline gritando: Prôôô, parabéns!!!
Mas a prô não a ouviu, ela estava um pouco distante e o barulho estava alto.

As crianças entraram pras salas e fui embora.

Na saída, eu toda contente perguntei:
- E então Bru, a prô gostou?

- do quê?

- como do quê, do presente que você trouxe pra ela.

- ah é... cadê o presente mãe?

- como assim Bru, a sacolinha estava na sua mão, você não deu pra ela?

- não!

- e o que você fez?

- não sei!

Não conformada, fui até a professora e perguntei se o Bruno havia lhe dado alguma coisa, e ela confirmou dizendo que não.

Chegando em casa, e depois de descansado, voltei ao assunto.

Bruno, o que você fez com o presente da prô?

- Ah, eu entrei na escola e caiu da minha mão.

- E você não pegou filho?

- Não! Eu fui pra minha sala, estudar.


*Desisto!... rs...






quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

(82) 4º dia de aula


Enquanto o Bruninho ao ir até sua sala caiu na rampa, ralou os joelhos e não quis mais brincar o dia todo porquê ninguém deu um beijinho no dodói pra sarar, a Aline, que estava chateada por ainda não ter conseguido brincar no balanço (porque os meninos não deixavam), desta vez ela conseguiu.

- mãe, hoje eu brinquei no balanço com a minha amiguinha.
- é, filha? você conseguiu?
- sim. eu fugi.
- como assim você fugiu?
- eu fui "no" banheiro com a minha amiga, aí depois corremos até o parquinho pra balançar um pouquinho.
- e a professora não te viu filha?
- não, mas eu voltei logo.

*quem disse que ela não ia balançar...rs...

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

(81) 1º dia de aula.


Arrumei meus pequenos, coloquei suas roupinhas e sandalinhas, cabelos escovados, mochila nas costas. Tudo pronto! Vamos?
- Peraí mãe, eu não quero ir de sandália!
- Filho não pode ir de chinelinho.
- Eu quero!
- Não pode, se você quiser, coloque o tênis então, mas está muito calor.
- Eu quero o tênis.

Lá vamos nós trocar a sandália por um par bem quente de tênis.

Olha a hora, vamos nos atrasar!

Tudo pronto de novo?
- Sim!

Espera, vou pegar a câmera! Preciso registrar esse momento histórico!

Vamos então.

Elevador devagar...
Vamos filha, anda rápido, estamos em cima da hora.
Vamos filho, olhe pra frente pra você não cair.

- Mãe, meu pé tá doendo, quero tirar o tênis.
- Não pode Bruno, você quis tirar a sandália, agora não tem mais jeito.

Chegamos.
Entramos.
-Vamos Bruno, vamos levar a Aline primeiro na sala dela, que é mais perto.

- Dá um beijo filha.
- Fique com Deus.
- Logo a mãe volta pra te buscar.

- Vamos Bru.
- Dá um beijo filho.
- Fique com Deus.
- Logo a mãe volta pra te buscar.
- Mãe, pode ir no parquinho agora?
- Não Bruno, mas a professora vai te levar assim que der.
- Você pode brincar comigo?
- Não posso filho, mas tem muitos amiguinhos aqui, você vai gostar.
- Tchau filho.
- Tchau.

*pausa pras fotos da sala.

- Mãe, mãe, mãe, você pode trazer uma água geladinha?
- (o coração trincou nessa hora), não posso filho, mas fala com a professora, ela vai te atender.

Ele olhou pros amigos e eu fui embora.

Passei na salinha da Aline pra mais umas fotos.
A professora estava pedindo as pastas de dentes e sabonetes líquidos para guardar. Mas a mochilinha dela estava presa e ela não conseguia abrir.
Felizmente ela olhou pra fora e me viu.
E de longe eu disse:
- Pede ajuda filha.
Então a vi dizendo:
- Quero ajuda!
E a professora não estava ouvindo.
- Quero ajuda!
- Quero ajuda!
E nada.
Ela voltou a olhar pra mim, já com uma carinha de quem não sabia mais o que fazer.
Mais uma vez, de longe eu disse:
- Vá até ela e peça ajuda filha.
E assim  ela o fez, foi até o lado da professora e disse:
- Eu preciso de ajuda.
E prontamente a professora foi ajuda-la.

Ela ficou mais tranquila, e aproveitei pra ir embora.
Meu coração ficou lá.
Junto daquele copo dágua geladinho e junto daquela ajuda, que demorou a acontecer.
Aqueles olhinhos...
Aquelas carinhas...

Voltei pra casa, com uma estranha sensação, que me deixou feliz e triste ao mesmo tempo.
Sim, eles vão aprender a voar.
Não, eu não queria!
Sim, isso será ótimo pra eles.
Não, não será pra mim!

Voltei fazendo uma oração e pedindo a Deus que cuide deles.
Senhor, você será meus olhos quando eu não puder vê-los.
Será meus braços quando eu não puder abraça-los.
Será meus beijos quando eles se machucarem.
Entrego em suas mãos os cuidados que você entregou à mim um dia.

Sim, tinha uma lagrima querendo rolar em meu rosto. E de todas as formas segurei-a.
A garganta realmente doía. Doía demais, nunca senti algo assim.
O coração parecia que estava sendo esmagado, tamanha a pressão que eu senti.

Pensei neles e respirei fundo...

Que Deus esteja com vocês pra sempre, meus amores.
Mamãe ama muito vocês.!

Sinto-me orgulhosa, de vocês... e de mim!

Quando voltei para buscá-los, tive a sensação de que não os via por alguns dias... foi uma alegria enorme, que ultrapassou todos os limites da minha felicidade... sim... dever cumprido... e ver aquela carinha gorda, vermelha de sol e cabelinhos grudados no rosto de tanto suor, gritar meu nome com tanta alegria e correr pros meus braços... isso não teve preço, e fez com que aquela lagriminha que tanto tentei segurar, pesasse mais que um elefante... e sim, ela rolou pelo meu rosto... e quando fui buscar minha pequena, ela estava séria, queria ficar mais um pouco... correu pra mim e me abraçou, bem forte.
Pronto! Agora sim... estou completa novamente, junto dos meus pedacinhos de gente... voltamos pra nossa casa...


... e esse, é apenas o começo...

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